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Um cientista observa um fenômeno, levanta hipóteses sobre ele, faz pesquisas e experiências e elabora uma conclusão de acordo com os dados obtidos em suas pesquisas e experiências, confirmando ou não a hipótese. Isso é chamado de método científico.
Muitas vezes, a conclusão elaborada por um cientista é aquela que foi possível alcançar naquele momento, com os recursos e tecnologias de que ele dispõe. Após um tempo, outro cientista pode fazer outros experimentos e pesquisas, com mais recursos e diferentes tecnologias, acrescentar dados ou concluir algo diferente. Como assim?
Em 1750, as características da sociedade eram diferentes da atual. Ainda não existiam carros e outros veículos motorizados. Só para se ter um exemplo, as pessoas demoravam muito para percorrer uma distância de 10 km, o que hoje se realiza de forma muito rápida graças aos veículos automotores. Naquela época, muitas vezes, as pessoas precisavam per- correr essa distância caminhando. Pesquise na internet o tempo médio que uma pessoa leva para caminhar 10 km. Hoje, após o advento dos automóveis e outros meios de transporte, quanto tempo demoramos para percorrer os mesmos 10 km?
Hoje consideramos 10 km uma distância relativamente curta. Essa diferença de percepção se dá não porque as distâncias mudaram, mas porque a tecnologia mudou. É mais ou menos isso que acontece com a Ciência e é por isso que muitas vezes nos deparamos com novas conclusões sobre questões já conhecidas, como na área da Medicina – por exemplo: quando é descoberto que algo antes tido como benéfico à saúde na verdade traz malefícios (ou vice-versa), de acordo com novos e aprimorados estudos.
A Ciência é, portanto, uma atividade humana que está em constante construção.